sexta-feira, 24 de setembro de 2010

DESPRENDIMENTO E DEDICAÇÃO AO MINISTÉRIO DO PREGADOR.

Tu, porém, sê prudente em tudo, paciente nos sofrimentos, cumpre a missão de pregador do Evangelho, consagra-te ao teu ministério (II Tm4,5).

Cumprir a missão de pregar o evangelho é uma obrigação imposta por Deus aos anunciadores do Evangelho. Esta missão que nos cabe, enquanto pregadores, não deve se tornar um fardo pesado, mas, uma obrigação cujo privilégio só é dado aos que foram chamados por Deus. Precisamos ter pleno conhecimento de que o evangelho é, em primeiro lugar, o poder de Deus (Rm 1,16), e assim como o apóstolo Paulo, devemos zelar pelo ministério que nos é confiado.

É pelo abandono radical que podemos nos doar inteiramente ao ministério, e assim como bom soldados de Cristo, quando chamados, devemos estar prontos para responder a esta vocação. Só assim podemos seguir o exemplo de Paulo que foi um grande pregador, porque pregava com a vida, com sua entrega, com  “desprendimento” total, dedicado ao seu ministério.

Meditando em todo esse contexto de desprendimento, hoje é possível encontrar muitos pregadores que se envolvem profundamente em seus grupos de oração, a ponto de entrar em um frenético ativismo, esquecendo-se que o ativismo é inimigo de uma entrega total ao chamado. São  pregadores que além de pregarem, são coordenadores de grupos, músicos, acolhida, liturgia, e ainda exercem outras funções em outras pastorais.
Com todas essas atividades será que resta tempo para a dedicação necessária para com o ministério? Sabemos que um orador sacro é a junção de três atributos, e que necessitam de tempo para o seu desenvolvimento. São eles: conhecimento bíblico-doutrinário, metodologia e unção. E mesmo assim ainda é preciso estar pronto aos chamados Diocesanos do Ministério de Pregação, seja para as missões como para as reuniões.
Paulo se apresenta como um misto de admiração e espanto.  As suas declarações em defesa de seu ministério nos surpreendem. O compromisso de Paulo para com a missão que lhe fora incumbida é inegável.    O seu chamado estava sempre presente em sua mente e em seu coração. Nada tirava-o do foco.
Quando nos dedicamos inteiramente a servir o nosso ministério, iremos crescer no amor, iremos sentir melhor o pulsar do coração de Deus e talvez cheguemos às lágrimas; porém, isto é obra de Deus em nossas vidas.

Que pela intercessão da Virgem Maria, modelo de desprendimento, possamos nos dedicar inteiramente ao nosso ministério, pregar com a vida e com a entrega total ao Senhor.

José Amilton Aragão.
Membro do Ministério de Pregação da Diocese de Santos/SP.

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